segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Declaração defende avanço de áreas marinhas protegidas

Declaração defende avanço de áreas marinhas protegidas

Com "menos de 3% dos oceanos cobertos por áreas marinhas protegidas, o nível de proteção necessária ainda está longe de ser atingido", afirmaram os signatários


©afp.com / Romeo Gacad

Recife de corais no Parque Nacional marítimo protegido, da ilha de Bunaken, em 13 de maio de 2009
Recife de corais no Parque Nacional marítimo protegido, da ilha de Bunaken, em 13 de maio de 2009
Paris - Cerca de 15 países reafirmaram neste sábado, em Ajaccio, a necessidade de transformar 10% dos oceanos em áreas marinhas protegidas até 2020, contra os menos de 3% atuais, e de se lançar negociações em 2014 sobre o status do alto-mar.
A "Mensagem de Ajaccio" foi adotada ao término do 3º Congresso Mundial de Áreas Marinhas Protegidas (AMP), aberto em 21 de outubro.
Com "menos de 3% dos oceanos cobertos por áreas marinhas protegidas, o nível de proteção necessária ainda está longe de ser atingido", afirmaram os ministros signatários de Índia, Itália, Chipre, Senegal e Nicarágua, entre outros.
Esses países "reafirmam" seu "forte compromisso" com atingir a meta estabelecida em Nagoya (Japão), em 2010, de "constituir de agora até 2020 uma rede completa e coerente de áreas marinhas protegidas, administradas de forma eficaz, e cobrindo 10% dos oceanos".
No ritmo atual, alertam, será necessário um século para cumprir esse objetivo.
Eles também "fizeram um apelo solene à comunidade internacional" para que abra negociações até o final de 2014 para a criação de um instrumento jurídico internacional de proteção da biodiversidade em alto-mar, que representa 64% dos oceanos e que se tornou um "faroeste" para os navios-pesqueiros e para a prospecção de petróleo.
Países como Estados Unidos, Canadá, Rússia, Islândia, Noruega e Japão não estavam representados nesse congresso e não firmaram a declaração, destacou o presidente da Agência de Áreas Marinhas Protegidas, Olivier Laroussine.
Além disso, esses países se mantêm reticentes quanto a se comprometer com a questão do alto-mar, em função de seus interesses ligados à pesca.

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