terça-feira, 22 de outubro de 2013

TUDO SE TRANSFORMA: O resgate do cocô


Desenvolver modos de produção circulares, em que até nossos resíduos são reaproveitados, é a única forma de poupar o meio ambiente

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Cristine Kist Superinteressante - 

Zansky

Há três mil anos, quando um chinês ia jantar na casa de um amigo, ele obrigatoriamente tinha que ir até o quintal desse amigo e fazer um "número dois" por lá mesmo. É que a etiqueta da época dizia que era feio comer na casa de alguém e não "devolver os nutrientes". Faz tanto sentido que, atualmente, o arquiteto William McDonoughe o químico Michael Braungart trabalham para trazer essa ideia de volta à moda, desenvolvendo e divulgando modos de produção circular, em que os resíduos - inclusive o cocô - são usados para criar novos produtos tão bons quanto os originais.


Hoje, quando você puxa a descarga, está automaticamente usando um monte de água potável para enviar tudo para o esgoto, e o cocô provavelmente acabará despejado num rio. Às vezes, no mesmo rio de onde vem a água da sua torneira. É um processo linear, em que a indústria gasta matéria-prima e energia para produzir a lasanha congelada que mais tarde vira o seu cocô, e o seu cocô vira só um monte de lixo.



Baseados na proposta de McDonough e Braungart, pesquisadores do mundo inteiro têm procurado maneiras de aproveitar o nosso "número dois" de cada dia. Na cidade de Didcot, na Inglaterra, um projeto piloto já permite que 200 famílias aqueçam suas casas com biometano fabricado a partir de seu próprio cocô. Além de poupar o meio ambiente, eles economizam dinheiro. Uma ideia que cheira bem. 




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