sexta-feira, 19 de julho de 2013

Fuligem e ozônio causam 2,5 milhões de mortes por ano

Fuligem e ozônio causam 2,5 milhões de mortes por ano


Doenças cardiovasculares e câncer de pulmão são alguns dos problemas de saúde que a inalação de poluentes pode causar à população, revela estudo norte-americano. A Ásia é o continente que mais registra mortes por conta da poluição, mas também há regiões críticas no Brasil Débora Spitzcovsky


stuckincustoms/Creative Commons


Respirar ar poluído todos os dias pode fazer muito mal para a saúde e, inclusive, está matando muita gente mundo afora. Estudo realizado por professores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, aponta que a inalação de material particulado - sobretudo fuligem -, resultante da queima de combustíveis fósseis, como diesel, que são utilizados por veículos e fábricas, está matando prematuramente 2,1 milhões de pessoas todos os anos. 



Coordenada pelos professores Raquel Silva e Jason West, a pesquisa indica que 93% dos casos de doenças cardiovasculares - como hipertensão arterial, derrame, aterosclerose e ataque cardíaco - estão relacionados à inalação de materiais particulados. E mais: 7% das ocorrências de câncer de pulmão também podem ser atribuídas ao problema ambiental. 



O estudo ainda avaliou o impacto de outro poluente para a saúde das pessoas, o ozônio. A grande concentração do gás na atmosfera também está encurtando a vida de quem o respira: são 470 mil mortes prematuras todos os anos no mundo. A culpa, mais uma vez, é da queima de combustíveis fósseis. Isso porque a concentração de ozônio no ar é causada, fundamentalmente, por reações químicas provocadas pelo excesso de emissões de enxofre, vindas principalmente dos veículos e das indústrias. 



A grande maioria das mortes acontece na Ásia, onde a população é maior e a poluição do ar é mais grave. No entanto, o estudo apresenta outras regiões críticas ao redor do mundo. Na América do Sul, o Brasil é uma delas: por aqui, a situação é preocupante na região sudeste, entre o Espírito Santo e o Paraná, e também em alguns estados do nordeste, como Pernambuco e Rio Grande do Norte. 



O problema é grave e pode ficar ainda pior. Os pesquisadores apontaram que o mundo está emitindo uma concentração nunca antes vista dos poluentes avaliados e, para piorar, as mudanças climáticas podem agravar a situação. Segundo eles, fatores como temperatura, umidade e quantidade de chuvas podem influenciar negativamente no acúmulo de poluição na atmosfera. 





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