domingo, 30 de junho de 2013

Colégio Episcopal sobre as manifestações públicas


fonte: Colégio Episcopal
 


Ao povo Metodista Brasileiro
Assunto: Manifestações Públicas

“Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos”!
Salmos 90:17
Para o Colégio Episcopal da Igreja Metodista, as manifestações populares num Estado democrático de direitos são sempre bem vindas, pois as pessoas têm o direito de se manifestarem contra ou a favor daqueles que governam, sejam do poder executivo, legislativo ou judiciário.

Como Igreja devemos tomar os devidos cuidados para não nos precipitarmos no julgamento das motivações das massas, bem como de seus idealizadores. Lembramos muito bem da multidão neotestamentaria que dizia: “crucifica, crucifica!”

Lutar por direitos individuais e coletivos, visando o bem de toda a população brasileira é dever de todo cidadão brasileiro. E, é certo  que não tem havido na história a garantia dos mesmos. Por este motivo o silêncio do povo pode significar aceitação.

Ao mesmo tempo em que apoiamos as manifestações, não apoiamos seus desvios.  A impressão que temos é que esperaram aprovar a festa, o orçamento, construir o bolo (estádios) e seus enfeites (toda mídia), trazer os convidados à nossa casa para festejar, para então se unirem contra tudo, tendo no movimento alguns que saem com o propósito de ferir os convidados. Muito cuidado nestas horas! Nos manifestar na prevenção, ajuda mais ao país em suas decisões para evitar gastos desnecessários em vários projetos. Existem muitas obras desnecessárias paradas e se deteriorando por este Brasil afora, feitas com dinheiro público que poderia abater no custo das passagens de ônibus  ou investir melhor na saúde e educação, por exemplo.

Reconhecemos que o momento auge de uma festa pública não deixa de ser um ótimo momento para fazer conhecido o descontentamento pessoal e coletivo, contudo alertamos para o perigo dos excessos nas ações contra quem não aprovou nada, não decidiu nada, pelo contrario ajudou a pagar a conta de quem organizou a festa.

Como Igreja, condenamos todo ato de vandalismo contra pessoas e bens privados e públicos, mesmo porque os públicos foram  feitos com o nosso dinheiro e isto precisa ser respeitado.

Como bispos e bispa, conclamamos nosso povo, em especial nossa juventude, a que não fique alheia a estas manifestações, contudo usem dos critérios do Reino de Deus para ajudar a levedar a massa, para que os resultados requeridos sejam os melhores para todos os brasileiros.

Alertamos para que todos estejam atentos aos temas nacionais recorrentes em nosso país que atentam contra a vida abundante anunciada por Jesus Cristo:  justiça e paz para todos e todas é o propósito de Deus. Já a corrupção e seus corruptores, a homofobia, o mau trato das mulheres, o racismo, a exploração e abandono das crianças , as drogas lícitas e ilícitas, a degradação da família , os altos impostos recolhidos pelo leão e o mau uso dos mesmos são realidades que precisamos combater. Os recursos públicos precisam priorizar a área da saúde, educação, segurança e combate a miséria.

Esperamos que a população fique atenta a estes e outros temas e deem respostas nas urnas nas próximas eleições, façam manifestos pacíficos e bem focados nos temas que precisam de mudanças urgentes para que o país seja de fato de todos e todas, no presente o no futuro.

Recomendamos que “a tempo e fora de tempo” continuem fazendo suas orações a favor de todas as autoridades que governam sobre nós, pois estão onde estão por permissão de Deus e pelo voto de cada um de nós. As manifestações populares têm muita força em sua unidade de propósito, desde que seus fundamentos sejam em prol de uma vida digna e melhor para todos e todas.

Que o Deus de toda paz guarde seus corações e mentes em Cristo Jesus e que suas boas obras sejam manifestas ao mundo na força do Espírito Santo e gere frutos abundantes de justiça, salvação e vida nova em todo o povo.

Em oração por suas vidas e pela missão que nos é comum, que é ser testemunhas da graça de Deus, viver seu amor com intensidade e fazer novos discípulos e discípulas nos caminhos da missão.

Bispos e Bispa da Igreja Metodista Brasileira.
São Paulo, 21 de junho de 2013.


Virada Sustentável promove eventos durante o fim de semana em São Paulo

Virada Sustentável promove eventos durante o fim de semana em São Paulo


Do portal Terra
A cidade de São Paulo recebe até domingo a Virada Sustentável - que tem como objetivo difundir e ampliar a informação sobre sustentabilidade na sociedade. Com mais de 600 atrações espalhadas por cerca de 150 locais, o evento pretende conscientizar e mobilizar a população para um modelo de vida ambientalmente correto. A Virada Sustentável se compromete a gerir de maneira responsável seus próprios impactos ambientais, compensando emissões de gases nocivos, gerindo resíduos e incentivando a reciclagem.
O evento, que está em sua terceira edição, promove atividades como exposições, oficinas, caminhadas e piqueniques a fim de abordar os mais variados assuntos, como mobilidade urbana, gestão de resíduos, biodiversidade, alimentação saudável e redução do consumo. Estão programas atividades para crianças e adultos.
Nesta sexta-feira ocorre o Festival de Tecnologias Sustentáveis - Como Virar sua Cidade?, um encontro de pessoas, redes e movimentos de São Paulo para falar sobre tecnologias sociais, no Centro Cultural São Paulo. No sábado, está programado o Ballet de Cegos da Associação de Ballet e Artes Fernanda Bianchini, no Parque Villa-Lobos. O último dia da Virada Sustentável 2013 começa com o Passeio Ciclístico do WWF-Brasil, que sai às 9h do Vale do Anhangabaú.
Entre os destaques da Virada Sustentável neste ano estão o Conta Aí (uma série de rodas de conversa em que pessoas engajadas com mudanças em suas cidades relatam suas experiências), os Pic-Nic Lounges (organizados em parques públicos) e o Mercado Verde Mix (feira de produtos sustentáveis). A programação completa do evento pode ser conferida no site viradasustentavel.com.

Parque Urbano do Horto

Parque Urbano do Horto,uma dos tradicionais espaço verde e de convivência da cidade.Em breve será remodelado e modernizado,preservando-se a sua marca maior de espaço verde.



Alunos da Escola Batista de Custodópolis em visita  ao Horto.

Cena do tradicional piquenique.

A proposta de Garotinho à presidente Dilma

8/06/2013 14:16
Garotinho na reunião de líderes com a presidente Dilma (Foto de Roberto Stuckert Filho - Presidência da República); e acompanhando a coletiva da ministra Ideli Salvatti (Foto de André Coelho - Agência Globo)
Garotinho na reunião de líderes com a presidente Dilma (Foto de Roberto Stuckert Filho - Presidência da República); e acompanhando a coletiva da ministra Ideli Salvatti (Foto de André Coelho - Agência Globo)


A reunião com a presidente Dilma e os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados durou quatro horas. O governo se fez presente à reunião, além da presidente, com os ministros, José Eduardo Cardozo, da Justiça; Ideli Salvatti, das Relações Institucionais; e Aloizio Mercadante, da Educação.

A presidente Dilma reafirmou seu desejo de convocar um plebiscito ainda este ano para que o povo vote assuntos relacionados à reforma política. Os temas são tão variados que cada partido ficou de ouvir suas bancadas sobre a questão. O apoio ao plebiscito foi unânime, mas o conteúdo da consulta que será votada pelo povo dificilmente será. Tem partido que defende voto em lista, há outros que querem candidatura avulsa, tem ainda quem quer o fim das coligações proporcionais, e existem os que pretendem acabar com suplentes de senadores, e teve gente até que propôs o fim da reeleição para todos os cargos executivos. Uma verdadeira Torre de Babel.

Disse à presidente Dilma, com a sinceridade que vocês conhecem, que convocar o povo para um plebiscito onde vai se discutir algo que é necessário como reforma política, sem falar das múltiplas reivindicações presentes nas passeatas pelo Brasil afora, corre o sério risco de provocar mais desencanto ao povo que já anda tão insatisfeito com os serviços no Brasil.

Apresentei então minha proposta, que o plebiscito autorize o Congresso Nacional a ser eleito em 2014, a atuar como Assembléia Nacional Revisora para fazer uma Constituição que resgate o espírito da Constituição Cidadã de 1988, e avance em pontos que são fundamentais para o dia-a-dia do povo. Como vou apresentar oficialmente na próxima terça-feira a proposta de emenda à Constituição, vou colocá-la aqui no blog e gostaria que vocês opinassem.


Proposta de Emenda Constitucional

As mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do artigo 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Artigo 1º - Esta emenda constitucional estabelece os termos e condições para que o Congresso Nacional atue como Assembléia Nacional Revisora da Constituição Federal de 1988.

Artigo 2º - Os eleitores autorizarão, mediante plebiscito, os membros do Congresso Nacional eleitos em 2014, a se reunir como Assembléia Nacional Revisora, em sessão unicameral, sendo as emendas de revisão aprovadas por maioria absoluta de seus membros.

Artigo 3º - As emendas de revisão aprovadas em Assembléia Nacional Revisora, em dois turnos de discussão e votação, terão sua promulgação condicionada a referendo popular, a ser realizado no primeiro domingo de abril de 2016 ou em data correspondente, na hipótese da prorrogação dos trabalhos.

Artigo 4º - O presidente do Supremo Tribunal Federal instalará a Assembléia Nacional Revisora e dirigirá a sessão de eleição de seu presidente.

Artigo 5º - O Tribunal Superior Eleitoral expedirá normas regulamentadoras do plebiscito e do referendo previstos nesta emenda assegurando acréscimo de tempo necessário à propaganda eleitoral gratuita com o objetivo de esclarecer a população acerca do conteúdo das propostas.

Artigo 6º - A Assembléia Nacional Revisora será dissolvida em 31 de dezembro de 2015, salvo se a maioria absoluta de seus membros decidir prorrogá-la por uma única vez, com prazo determinado, não superior a 90 sessões.



Desta maneira, o Brasil teria a oportunidade de convocar a sociedade para um debate profundo sobre as causas do nosso fraco desempenho na educação, na saúde, os graves problemas da segurança pública, e de todos os setores que estão indo para as ruas protestar.

Alguém acredita, com sinceridade, que se a população for convocada para votar sobre voto em lista, voto distrital misto, distritão, fim do voto proporcional ou outras dezenas de questões que envolvem a lei eleitoral, estará votando entendendo esses assuntos? Me perdoem o que vou dizer, mas é a verdade, uma parte dos meus colegas deputados não sabe o que é isso, imaginem os eleitores pelo Brasil inteiro afora.

Ao pedir autorização ao povo, através de plebiscito, para revisar a Constituição naqueles temas que afligem diretamente a vida da população, e depois submeter a revisão novamente ao povo para referendo, a presidente estará dizendo ao Brasil que ouviu e entendeu a voz das ruas. Os milhões de brasileiros estão gritando por saúde, educação, segurança, trabalho, menos impostos e outros temas presentes na vida das pessoas, aliás as manifestações começaram por causa do aumento das passagens de ônibus, não foi o fim das coligações. Defendo uma reforma política urgente, mas não há garantia de que isso mudará para melhor a vida das pessoas. O que pode mudar concretamente a vida das pessoas é convocá-las para discutir a Constituição do país, é ali que se define onde o dinheiro vai ser aplicado, como será, quanto e de que maneira.

Isso é o que realmente importa para os milhões de brasileiros que foram para a rua mostrar sua insatisfação contra a situação das políticas públicas no Brasil.

Além disso não se gastaria milhões de reais para fazer um plebiscito em data diferente da eleição, o povo ao votar em 2014 estaria ciente de que estará elegendo representantes que vão revisar a Constituição do país, e durante toda a campanha eleitoral seria possível debater com profundidade todos os temas que serão objeto da Assembléia Nacional Revisora.

Medidas para amenizar os graves problemas que o povo brasileiro atravessa podem ser tomadas independente de plebiscito, com a melhoria na gestão, e maior atuação dos órgãos de controle do dinheiro público. Mas se queremos mudanças profundas que tenham efeitos duradouros, somente através de uma revisão constitucional é que daremos ao Brasil, os instrumentos necessários para crescer, distribuir renda, gerar empregos e melhorar os serviços essenciais para a população. 

sábado, 29 de junho de 2013

Brasil passa a ser a sede do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável

Brasil passa a ser a sede do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável

Por Flávia Villela, da Agência Brasil
O Brasil tornou-se ontem (24) sede do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, RIO+, espaço de debate e articulação de ações econômicas, sociais e ambientais para promover práticas sustentáveis de desenvolvimento.
O lançamento foi anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pela vice-diretora mundial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, durante o seminário internacional “Rio+20: A Implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, no Jardim Botânico.
Izabella Teixeira lembrou que o Rio+ foi formalizado durante a Rio+20 para que fosse um órgão “paragovernamental”.
“O centro nasce não para ter consenso, tem que ser ambicioso, trazer novas ideias, influenciar a sociedade para a questão, um lugar de livre pensar”, disse a ministra. “Será um local para pensar o desenvolvimento sustentável, um modelo inovador de desenvolvimento de ideias, com a participação da sociedade, governos e especialistas”, declarou a ministra.
Izabella lembrou que a Rio+20 mudou a relação do Brasil com as Nações Unidas para melhor. O novo centro é exemplo disso. “Foi um upgrade”, disse ela, ao apostar que o centro seja também liderança no debate sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
O centro tem apoio de mais de 20 instituições nacionais e estrangeiras: reunirá cientistas do mundo todo para encontrar as melhores soluções sustentáveis e inclusivas para o planeta. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), no Fundão, zona norte do Rio de Janeiro, será o local temporário do centro pelos próximos dois anos.
Rebeca Grynspan disse que o novo espaço poderá interferir positivamente nas discussões intergovernamentais que culminam em setembro de 2014 na sede das Nações Unidas. “Até agora tem sido muito difícil reunir as interdisciplinaridades das agendas e o centro tem a missão de contribuir para a convergência dos temas, como o da erradicação da pobreza e do desenvolvimento sustentável”, disse ela.
O coordenador do centro, designado pelo Pnud, Rômulo Paes, informou que os aportes iniciais para os projetos são da ordem de US$ 4,5 milhões, de um pool de contribuidores da Rio+20, mas que também estão sendo feitas parcerias público-privadas para o desenvolvimento de pesquisas sustentáveis.
“Teremos pesquisadores de várias instituições visitando o centro. Vamos trabalhar em rede e receber diversos pesquisadores que possam contribuir para a produção de conhecimento”, contou ele.
O espaço tem, por enquanto, cinco servidores do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). A sede permanente deve ser construída no centro do Rio. Segundo o coordenador do projeto, a ideia é que seja construído de maneira 100% sustentável.
Dentre os parceiros, estão incluídos as entidades brasileiras Fundação Getulio Vargas e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O secretário de Ambiente do estado do Rio e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que os assuntos debatidos no seminário internacional e que as ações do novo centro refletem alguns dos anseios da multidão que tem se manifestado nas ruas do Brasil.
“Esses temas estão interligados com grande parte da voz das ruas. Sustentabilidade é ter saúde boa, ter transporte sem emitir carbono e com um mínimo de conforto. Não adianta ter estádio com padrão Fifa e outros serviços com padrão sub-Fifa”, declarou ele.
Minc informou que o governo abriu mão de cerca de R$ 7 milhões anuais da conta de luz da Coppe para criar um fundo para desenvolver energia solar dentro da UFRJ, entre outros projetos sustentáveis.
Minc chamou a atenção para a proposta de que as universidades e escolas técnicas abram mais espaços de pesquisas que dialoguem com o novo centro da Organização das Nações Unidas no Brasil.

Vício, quando investir no mercado de ações fica perigoso!

Vício, quando investir no mercado de ações fica perigoso!
Você, investidor[bb], respeita suas estratégias de investimento, entrada e saída das operações que realiza? Como fica a atenção dada aos amigos e à família em relação ao tempo gasto diante do computador e nas negociações via home broker? A situação merece atenção e aproveitando que o bom humor costuma facilitar a compreensão de assuntos espinhosos, hoje você vai ler um diálogo fictício ouvido em um consultório de um terapeuta qualquer.

O que disse o paciente

“Doutor, preciso de ajuda! Não consigo passar um dia sem olhar o mercado de ações. Pior, não consigo ficar um só dia sem fazer uma operação e almoço em frente do computador para não perder nenhum movimento das 315 ações que acompanho. Meu canal favorito de TV atualmente é a Bloomberg e de noite fico procurando dicas nos fóruns. Adoro estes papéis com baixa liquidez. Eu chamo de micro caps, mas muitos chamam de mico caps. Não ligo, sei que é com eles é que eu vou ficar rico.

Já que estou me abrindo com o senhor tenho só mais alguns desabafos. Acumulo perdas desde a crise de 2008. Em 2009 eu tinha certeza que o mercado ia cair ainda mais e fiquei esperando pra comprar com o Ibovespa nos 10 mil pontos. Acabou que não chegou até lá. Para piorar, operei vendido a descoberto em 2009, apostando na queda, mas o mercado não parava de subir! Todos os analistas diziam que ia subir um pouco para depois cair com mais força, mas nada disso aconteceu. Quando resolvi virar a mão e apostei na compra, os meus papéis não subiram como os outros.
A resposta do DoutorPor que isso só acontece comigo, doutor? Minha auto-estima está destruída, minha conta quase zerada, meus amigos de quem eu administrava o dinheiro não falam direito comigo. Acho que vou ser mais arrojado e operar opções pra recuperar em pouco tempo o capital perdido. Em três ou quatro meses recupero tudo e ainda saio com lucro. O que você acha, doutor? Aliás, o senhor não teria alguma dica quente?”
“O diagnóstico é claro. O senhor está viciado em mercado. Não olhar as ações seria quase como não beber água, não é? É falsa a sua ilusão de que trabalho duro no mercado de ações significa ficar horas olhando uma tela com gráficos e luzes piscando o dia todo. O trabalho deve ser intelectual, não braçal. Operar bem não quer dizer operar muito. O senhor está tão envolvido no tiroteio, olhando apenas uma pequena cena, que não é capaz de enxergar todo o filme.

Não consegue mais usar o racional, está machucado e com desejo de vingança. Acha que o mercado o tratou mal e agora quer sangue. Entrou na ilusão de que aquele dinheiro perdido poderá ser recuperado em pouco tempo. Aquele dinheiro não vai voltar. Mesmo que ganhe daqui pra frente mais do que perdeu, este será um dinheiro novo. Aquele foi perdido, esqueça-o.
O mercado não tem qualquer sentimento. Ele não enxerga quem está na ponta da compra ou da venda. Não, definitivamente não existe uma teoria conspiratória para tomar seu dinheiro. Ao deixar esta o consulta o senhor deve parar e ajustar o foco. Ficar um tempo sem sequer olhar a bolsa. Computador desligado. Que tal estudar? Reveja seus métodos. Volte ao básico. Alongue seus prazos. Opere com menos capital.
As quedas mexeram não só na sua carteira, mas com sua autoestima. Desse jeito, quanto mais operar, mais erros irá cometer. Vai demorar um tempo até se recuperar psicologicamente. Para finalizar, lembre-se que os viciados em mercado também morrem rapidamente de overdose. Eles quebram pra valer, terminam sozinhos, sem família ou amigos.
Volte dentro de um mês. Consulta grátis. Até porque se o senhor não reavaliar sua vida na bolsa, não terá mesmo dinheiro para pagar a sessão… Nos vemos.”

Galhos de árvores podados viram composto orgânico em Casimiro de Abreu



Todo o material proveniente do corte e poda de árvores em Casimiro de Abreu tem destinação correta. Uma máquina trituradora transforma os galhos em serragem que para ser utilizada como composto orgânico em adubações de canteiros e jardins, além do plantio de mudas. O equipamento consegue processar um grande número de galhos. O material chega diariamente aos galpões do Parque de Exposições da cidade.


De acordo com o técnico em agropecuária da Secretaria de Agricultura e Pesca, Ciro Marques, a máquina ajuda a reduzir em até três vezes o volume desse material que é encaminhado para a Fundação Municipal, onde recebe nutrientes e vira adubo. “É um benefício que combate o desperdício. A reutilização enriquecida dos galhos e troncos triturados serve nas adubações em geral”, falou.

Os troncos maiores também têm uma utilização correta. A Secretaria de Agricultura está buscando uma parceria com os empreendedores da região que utilizam a madeira como lenha para doação do produto. “É como uma rede. Apoiamos os comerciantes e ajudamos a combater o comércio clandestino de madeira e o desmatamento”, analisou o técnico em agropecuária.

Em Casimiro de Abreu, o serviço de poda ou corte de árvores deve ser solicitado formalmente. O requerente deve se dirigir ao Setor de Protocolo da Prefeitura ou à Secretaria de Meio Ambiente, que é responsável pela autorização do procedimento. Caso aprovada, a ação é executada por profissionais da Secretaria de Agricultura e Pesca. No distrito de Barra de São João, o pedido pode ser feito no Setor de Fiscalização, localizado no Praião.

Fonte: Ascom

23/05/2013 17:18 Fonte: Jornal Folha da Manhã

Estudantes participam de plantio de mudas no Jardim São Benedito


Por
 Taysa Assis (estagiária)

As Secretarias de Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Praças e Jardins realizaram um trabalho de plantio de mudas de árvores e palestras, em parceria com a concessionária de energia Ampla, na Praça Nilo Peçanha, no Jardim São Benedito, nesta quarta-feira (26). Cerca de 30 alunos da Escola Municipal Professora Olga Linhares participaram da ação. 

- O plantio tem como objetivo promover a conscientização ambiental nos alunos da rede municipal de ensino, um jeito simples de ajudar o meio ambiente – disse o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque. 

Além do plantio das 10 mudas de ipês em pontos estratégicos do Jardim São Benedito: na entrada, meio e no final do parque, a concessionária Ampla levou uma equipe com um caminhão itinerante, que realizou uma palestra sobre sustentabilidade. A professora de Ciências da Escola Olga Linhares, Rafaela Sampaio, ressaltou a importância do ato. 

- É essencial para a formação dos alunos, como cidadãos. Acho muito interessante eles terem a oportunidade de participar das ações, abordando um conteúdo dado em sala de aula. Por mais que a gente trabalhe a prática na escola, no meio do verde é bem melhor. Os alunos adoraram participar - declarou Rafaela.  
 FONTE:SITE DA PMCG
Postado por: Secom - 26/06/2013 15:37:00

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sustentabilidade deve ser critério das licitações na construção civil, diz CBIC

Sustentabilidade deve ser critério das licitações na construção civil, diz CBIC


Por Isabela Vieira, da Agência Brasil
Os critérios de concorrência nas licitações públicas precisam ser revistos para estimular a sustentabilidade na construção civil, e o menor preço deve ser um dos parâmetros, mas não o único. A opinião é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão. Ele participou no dia 5 de debate sobre o papel das construtoras na sustentabilidade.
"O governo tem que mudar seu processo de compra. A compra tem um peso muito grande na obra e da forma como está colocada não dá nenhum estímulo à introdução de critérios sustentabilidade", disse Safady. Para o ele, o modelo atual inibe a inovação. "O preço deve ser um parâmetro, não um teto", completou.
Simão explica que mudanças nas regras para as compras do governo têm o potencial de estimular o desenvolvimento de produtos novos e mais econômicos. Eles podem ser encomendados em larga escala, o que acaba beneficiando o consumidor. Este ambiente colabora para promover a concorrência entre as empresas e o menor preços para as famílias.
Segundo o presidente da CBIC, hoje, mesmo custando mais caro, o governo e o consumidor devem avaliar os benefícios de longo prazo. "Pode ser que custe mais caro agora, mas isso deve ser analisado por toda vida útil do empreendimento. Uma casa com sistema de água e energia racional, paga mais hoje, mas terá contas reduzidas a vida inteira", disse.
Ao concordar com a necessidade de o governo investir em práticas que reflitam em menos impacto para o meio ambiente, a secretaria de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, disse que os critérios de sustentabilidade estão "entrando nos protocolos da construção civil. "É um processo, é aos poucos", afirmou.
O problema nas licitações públicas também está sendo apreciado no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão da Presidência da República, presidido pelo empresário do ramo do aço, Jorge Gerdau. Segundo Paulo Safady, foram escolhidas 15 prioridades de uma lista de 40 fatores que elevam os custos das construções do Programa Minha Casa, Minha Vida. Entre elas, cartórios, tributos, juros e obsoletos códigos de obras e padrões técnicos.
Na avaliação de Paulo Simão, o ambiente de negócios no Brasil é impróprio. "O construtor tem que ter lucro. É a concorrência que vai definir a taxa de retorno ser maior ou menor. O pessoal está preocupado com o lucro do construtor, quando deveria estar preocupado com a maneira de construir, com as regras", criticou.
A necessidade de revisão dos currículos de engenharia e arquitetura também foi uma das questões apontadas no debate sobre sustentabilidade na construção civil. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) Siegbert Zanettini, o currículo de ambos os cursos devem andar juntos, para permitir troca de conteúdo.

Carta Capital: transporte engole até 30% da renda dos trabalhadores

Carta Capital: transporte engole até 30% da renda dos trabalhadores


Por Deutsche Welle, Carta Capital
Na sétima maior metrópole do mundo, São Paulo, 55% dos moradores usam transporte coletivo. O deslocamento dos 11 milhões de habitantes da cidade é feito principalmente pelo asfalto: 15 mil ônibus transportam seis milhões de passageiros todos os dias – agora, por uma tarifa de 3,20 reais.
A revolta contra o aumento da passagem na capital paulista desencadeou uma série de manifestações por todo o país, mostrando, entre outros temas, a insatisfação com a falta de mobilidade. Fazem parte da rotina dos paulistanos a lotação nas cinco linhas de metrô e nos trens metropolitanos e os congestionamentos que, em alguns períodos, chegam a 144 quilômetros.
Sem qualidade nos transportes fica difícil convencer qualquer um a deixar o carro em casa. E as melhorias, afirma o coordenador do setor de Serviços Urbanos Básicos da ONU-Habitat, Andre Dzikus, passam também por uma mudança de comportamento. "O maior desafio é mudar a mentalidade para que as pessoas passem a usar o transporte público", afirma o especialista em questões de transporte e mobilidade que vive em Nairobi, no Quênia.
O que ele defende aparece em quase todos os planos de governo: as cidades precisam oferecer alternativas que sejam financeiramente viáveis, pontuais e que cubram o espaço urbano de uma maneira que garanta que as pessoas cheguem aonde querem.
"Um sistema de transporte eficaz é aquele que anda", resume o engenheiro Alain Le Saux, secretário geral da organização Metropolis, uma organização mundial de troca e aconselhamento que reúne representantes das maiores cidades do mundo. O pior problema de uma cidade é parar e a fluidez na locomoção também oferece indícios de uma economia eficaz, comenta.
O desafio de atingir essa fluidez é comum às grandes metrópoles, mas não existe uma solução única. Se para uma cidade a melhor alternativa são trens, para outra, segundo Le Saux, podem ser até mesmo elevadores. "Depende da geografia, do tamanho e de uma série de outros fatores", justifica.
Serviço ilegal convive com o sistema
São Paulo não é a única grande metrópole a encontrar problemas. Em Jacarta, segunda maior região metropolitana do mundo, a jornalista indonésia Veby Mega precisou encontrar opções para fugir dos congestionamentos que impedem o fluxo dos ônibus. A passagem custa aproximadamente 0,76 real, mas o tempo que os veículos ficam parados, a lotação e o calor afugentam quem pode pagar por outros meios.
"Eu costumava usar, mas não é confortável, especialmente em uma cidade com o ar quente e úmido como Jacarta", conta. A cidade criou corredores exclusivos de ônibus em alguns trajetos e promete a construção do metrô – parte subterrânea e parte suspensa – até 2020. Por hora, Veby e os outros 10,1 milhões de habitantes da metrópole se valem de outras opções.
Como o táxi tradicional é mais caro, o mototáxi, mesmo ilegal na cidade, virou uma alternativa que cabe no orçamento. A presença desse meio de transporte no trânsito rende cenas que os brasileiros já conhecem: para fugir do engarrafamento, as motos fazem percurso em ziguezague entre os carros parado.
O projeto do metrô de Jacarta deve contemplar inicialmente um corredor norte-sul e outro leste-oeste, mas o pacote de obras promete uma solução ampla para o transporte da capital da Indonésia. Em outros países, no entanto, as respostas já foram encontradas. Alain Le Saux, da Metropolis, cita Berlim e Paris como exemplos. "Quando não há greve", ressalva, referindo-se à capital francesa.
Ele lembra ainda que a qualidade nos serviços deve ir além do transporte motorizado. Calçadas, ciclovias, estações para o aluguel de bicicletas completam a estrutura que dá segurança e fluidez. Singapura, Genebra e Copenhague estão na lista de bons exemplos de Andre Dzikus, da ONU-Habitat.
Preço não é o mesmo para todos
Os mesmo fatores que influenciam na decisão pelo meio de transporte mais adequado também contam na composição da tarifa do ônibus. Nas grandes metrópoles, quem anda mais, paga mais, geralmente. Mas essa combinação de variáveis não é a única a compor a fatia que cada pessoa gasta com transporte. O impacto no bolso é diferente em cada região do mundo.
Nos países mais pobres, em locais onde pessoas foram deslocadas para a periferia ou reassentadas em áreas mais distantes e precisam manter seus empregos na região central das cidades, a situação é mais crítica. Em casos assim, o dinheiro gasto com transporte pode chegar a 30% da renda mensal. Já em outros lugares, a margem fica em torno de 10%. "É difícil fazer uma média, já que as situações são diferentes", adiciona o representante da ONU-Habitat.
A relativização do preço também está relacionada à percepção que o usuário tem da qualidade do serviço. Em Nova York, um dos destinos favoritos de turistas brasileiros e para quem decide viver fora do país, o valor da passagem é 68% mais caro que o cobrado em São Paulo. Mas a eficiência – mesmo que existam falhas – compensa o preço.
A passagem custa aproximadamente 5,38 reais, mas existem opções de bilhetes semanais ilimitados, por 64,60 reais, e mensais, por 241 reais. Segundo a Metropolitan Transportation Authority, que opera o sistema, descontos são oferecidos em alguns casos – estudantes, por exemplo, pagam meia – mas ninguém anda de graça.
O jornalista carioca Douglas Gamma vive na cidade há quatro anos e considera o preço justo. Apesar de criticar a sujeira das estações e dos próprios trens – são 8,7 mil vagões que circulam por 3.294 quilômetros de trilhos em toda a região metropolitana –, ele elogia a estrutura. "O metrô de Nova York é super bem planejado e te leva para todos os lugares da cidade, 24 horas por dia", destaca. Quando quer apreciar a paisagem, Gamma opta por um dos 5,7 mil ônibus que atendem a região.
A paulista Paula Maria trabalha com planejamento urbano na cidade norte-americana e também concorda com a avaliação positiva dos serviços, que ela define como eficientes. O que falta é uma intensificação da oferta de transporte nos bairros mais afastados. "É onde vivem as pessoas que mais precisam, por conta das dificuldades financeiras", avalia.
De olho nas ruas do Brasil
A eficiência que a paulista encontrou em Nova York ainda não existe na sua cidade natal. Mesmo longe do país, ela e o carioca acompanham a movimentação que ganhou as ruas do Brasil. Embora considerem a qualidade do sistema de transporte público de São Paulo e Rio de Janeiro inferior ao oferecido em Nova York, eles não têm dúvida de que as reivindicações vão muito além da discussão da tarifa. "Foi apenas a gota d'água que transbordou o copo", opina Gamma.
"Acho que os brasileiros estão cansados de serem usados como caixas eletrônicos", diz Paula Maria. Para ela, os 20 centavos foram o estopim para quem quer não só transporte público de qualidade, mas também exige que os direitos dos cidadãos entrem de vez para a agenda dos políticos brasileiros.
Autoria Ivana Ebel
Edição Nádia Pontes

A nova visão do Planalto


ESPECIAL A VOZ DAS RUAS
|  N° Edição:  2275 |  21.Jun.13 - 17:40 |  Atualizado em 27.Jun.13 - 05:30

A nova visão do Planalto

Os bastidores de uma das semanas mais difíceis do governo Dilma. Quem a presidenta ouviu e como ela influenciou na revogação do reajuste em São Paulo

Izabelle Torres
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DE PRONTIDÃO 
Com receio de parecer ausente num momento delicado, 
Dilma cancelou viagens ao Japão e a Salvador
Ninguém sabe como as marchas iniciadas pela revogação do aumento da passagem de ônibus vão terminar, mas é certo que o governo Dilma Rousseff não poderá funcionar como antes. Na manhã da sexta-feira 21, uma reunião entre Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e demais autoridades ligadas a áreas de segurança, inclusive da Copa do Mundo, ocorreu num ambiente de dúvida e impasses. A proposta mais natural, nessa situação, seria um pronunciamento ao País – mas a presidenta gostaria de ter uma noção clara sobre o estado de coisas antes de se manifestar perante todos os brasileiros, gesto que pode produzir um efeito decisivo sobre o País e sobre seu governo.

Em qualquer caso, os tempos são outros. O programa de gestão pelo piloto automático, num governo de altos índices de aprovação e aliados cada vez mais numerosos para somar tempo na tevê e enfrentar uma campanha presidencial sem sustos, se desfez na medida em que a mobilização crescia nas ruas e o grito das multidões se transformava num urro de cidadania e raiva. Sem receber sequer um alerta dos serviços de informação sobre eventuais riscos de um vexame na inauguração do estádio Mané Garrincha, Dilma enfrentou uma vaia gigantesca, que não permitiu que suas palavras fossem ouvidas pela plateia.
integrantes da base aliada aproveitam o momento
para questionar o governo e importância de Lula cresce
No dia seguinte, a presidenta perguntava, durante uma reunião inicialmente convocada para debater a viagem de uma comitiva brasileira à Rússia, a opinião de ministros e assessores mais próximos sobre os rumos que a situação política poderia tomar. Ouviu palpites, ora triviais, ora perplexos. O vice-presidente Michel Temer assegurou que o Congresso não criaria dificuldades para aprovar um pacote de medidas que pudessem melhorar o transporte público. Convidado em nome de sua “experiência,” o senador José Sarney (PMDB-AP) recomendou “diálogo.” Na semana mais difícil de seu governo, a presidente cancelou uma viagem a Salvador, na sexta-feira passada, pelo receio de enfrentar protestos. Também desistiu de uma viagem ao Japão, no início desta semana, pelo receio de estar ausente quando sua presença pudesse tornar-se particularmente necessária. Num governo frequentemente acusado de submeter a política às estratégias publicitárias, Dilma resolveu fugir de teorias conspiratórias, semelhantes àquelas que deram um ar patético a tantos governantes – ditadores ou não – que já enfrentaram manifestações de caráter semelhante na Ásia e no Oriente Médio. Num discurso pronunciado na terça-feira 4, Dilma colocou as coisas em seu devido lugar. Lembrando o gigantesco protesto da véspera, que dera uma dimensão nacional às manifestações, ela disse, em tom de reconhecimento, que “o Brasil hoje acordou mais forte.” Falou também que era “bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô, juntos com a bandeira do Brasil”. Procurando unir seu destino ao dos manifestantes, disse que “as vozes das ruas querem mais. Mais cidadania, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Meu governo também quer mais.” Quando a presidenta discursou, um twitter chamado “Fora Dilma” atingia o pico, ficando entre os dez mais vistos do dia. Reproduzido ao longo do dia pela internet, o discurso atingiu um padrão superior a 250 mil acessos, patamar que o Planalto comemorou.
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PALÁCIO CERCADO
Às 17h30 da quinta-feira 20, homens do Exército fazem 
cordão no entorno do Planalto, onde a presidenta despacha
Convencida de que a labareda inicial da crise se encontrava em São Paulo, Dilma mobilizou o governo e aliados para convencer o prefeito Fernando Haddad a revogar o reajuste de R$ 0,20. Ela e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram uma conversa a três com Haddad, quando, conforme relatos feitos à ISTOÉ, o ex-presidente disse ao prefeito: “Se estivesse em seu lugar, eu revogaria.” Mas a decisão de Haddad pela revogação só saiu aos 45 do segundo tempo, depois que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu baixar a tarifa em sua cidade. Já isolado do Planalto, ele recorreu ao governador Geraldo Alckmin em busca de apoio, para, enfim, recuar.

Os movimentos de uma turba fora de controle que se infiltrou nas manifestações para atacar dois ônibus e o hotel em Salvador onde estão alojados os cartolas da Fifa levaram a entidade máxima do futebol a fazer uma pressão exagerada contra a presidenta. Na quinta-feira 20, a Fifa teria levado o seguinte recado à Dilma: se mais algum membro da entidade, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do País, a Copa das Confederações será cancelada. Oficialmente, o porta-voz da entidade nega a pressão. É compreensível que os cartolas exijam segurança, mas a ameaça é desproporcional. As manifestações também ajudaram a elevar vozes dentro do governo e da base aliada que antes só faziam críticas em voz baixa. Problemas que ficaram camuflados por uma perspectiva confortável de renovar o mandato em 2014 tornaram-se preocupantes e urgentes. Convencidos de que o governo Dilma realiza movimentos cada vez mais conservadores, lideranças históricas cobram uma volta às origens, sugerindo que assim seria possível recuperar eleitores hoje desiludidos. De outro lado, no sintoma mais notável do que ocorre, nos últimos dias o ex-presidente Lula cresceu um pouco mais como liderança paralela, consolidando o instituto que leva seu nome como uma fonte de poder dentro do partido. Referindo-se ao bairro que dá sede ao instituto, militantes veteranos do PT se referem ao lugar como “o diretório do Ipiranga.”
Fotos: Pedro LADEIRA/AFP PHOTO; Adriano Machado
FONTE: REVISTA ISTO É