quarta-feira, 10 de abril de 2013

Walter Pinheiro: seca no Nordeste requer 'operação de guerra'


Da Redação
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) reivindicou em Plenário nesta segunda-feira (1º) mais medidas para combater a forte seca no Nordeste. O senador sugeriu que o governo adote uma “política de convivência com a seca”, mesclando dois tipos de operação: uma emergencial, para impedir, por exemplo, que o gado morra de fome, e outra de perenização, que ofereça estrutura para evitar maiores prejuízos nas estiagens futuras.
O senador informou ainda que acompanhará nesta terça-feira (2), em Fortaleza, um encontro da presidente Dilma Rousseff com governadores nordestinos na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A expectativa é de que, no encontro, seja anunciado um pacote com essas medidas.
Uma das ações, explicou o parlamentar, seria a renegociação ou perdão da dívida dos agricultores que receberam dinheiro para investir na produção, mas, por conta da forte seca, não puderam aplicá-lo. Walter Pinheiro relatou que, normalmente, entre um período e outro de seca, há chuvas esparsas. Este ano, a chuva não veio e, por isso, será necessário fazer o replantio das sementes que morreram no solo, sem irrigação.
Ele alertou para o fato de que a situação é grave devido à longa estiagem e exige uma “operação de guerra”, mesmo com os investimentos dos produtores e dos governos estaduais, que têm feito melhorias para otimizar a produção, com ações como a construção de açudes.
- Nós estamos numa verdadeira guerra. É uma operação de guerra! É importante a chegada de recursos para a construção de cisternas, que dependem também de água de chuva; ou para perfurar poços. Para buscar água no subsolo, portanto, o que é um trabalho importante que o governo da Bahia está fazendo em conjunto com a Codevasf, com a liberação dos recursos do Ministério da Integração Nacional – afirmou.
Logística
Segundo Walter Pinheiro, outro problema enfrentado pela região neste período de seca é a dificuldade de logística para enviar ajuda às cidades afetadas. Um caminho, disse, seria o governo adotar o regime diferenciado de contratação (RDC) para agilizar a ajuda neste momento de emergência.
Para ele, o Congresso tem feito sua parte para ajudar o Nordeste, com a aprovação de medidas provisórias que beneficiam a região e de créditos orçamentários. Nesta terça-feira (2), chega para análise do Senado mais uma medida provisória que libera recursos para áreas que enfrentam dificuldades nesta estiagem.
Em aparte, o senador Blairo Maggi (PR-MT) concordou que a falta de logística no país dificulta a agropecuária e ressaltou que, sem gado ou com a produção agrícola comprometida, o pequeno produtor fica sem opções e acaba obrigado a abandonar o campo e migrar para cidades já inchadas. A solução, propôs, seria o governo bancar os custos da ajuda ao Nordeste a fim de evitar o sofrimento da população rural mais carente. Já a senadora Ana Amélia (PP-RS) parabenizou o colega pelo trabalho que vem desenvolvendo no Senado em defesa de sua região.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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