terça-feira, 26 de março de 2013

Casca de coco deve eliminar fedor em estação de tratamento de esgoto


A reclamação é tanta que a empresa de saneamento de São Paulo resolveu pesquisar uma forma barata --e, segundo ela, definitiva-- para acabar com o mau cheiro ao redor das estações de Tratamento de esgoto. Como os testes se mostraram eficientes, a Sabesp deve começar a replicar os seus contêineres antifedor em alguns meses. A técnica parece engenhosa, mas é simples. O ar será sugado de dentro das estações de Tratamento de esgoto para um contêiner comum. O ar e seu "cheiro de ovo podre", causado pelo gás sulfídrico, vai circular em direção ao chão. "Vamos forrar esses locais com turfa [maçaroca vegetal], composta principalmente por restos de casca de coco", afirma o superintendente de inovação da companhia, Américo Sampaio. O principal recurso, porém, não pode ser visto a olho nu. Como o ambiente será constantemente umidificado, muitas bactérias vão proliferar no meio do coco. "Elas vão funcionar com um biofiltro, oxidando [quebrando] o gás sulfídrico", explica. O resultado de todo esse processo será a saída, pelo fundo do equipamento, de um gás sem odor ruim. A Sabesp vai registrar o método, que foi baseado em experiências no exterior. "Ninguém quer morar ao lado de uma estação de esgoto. É um problema mundial", diz o inventor. Apenas na Grande São Paulo, existem cinco grandes estação de tratamento e outras 24 pequenas. Em todo o Estado, são 490 unidades. "Mesmo aqui em Pinheiros temos reclamação", afirma. É nessa área da zona oeste da cidade que fica a sede principal da companhia, onde há uma pequena estação. 

LITORAL 
A cidade de Santos, no litoral, também deverá contar com o sistema antifedor. Vizinhos do Orquidário de Santos, no bairro do José Menino, disseram à Folha que costumam sentir o cheiro ruim no fim da tarde. Segundo especialistas, em casos raros, o odor nauseante pode causar desmaios em organismos mais sensíveis. A Sabesp tem outro sistema contra o cheiro em funcionamento, mas deve optar pela nova técnica devido ao custo. Estimativas indicam que o sistema com coco sairá 40% mais barato. Segundo a empresa, o custo de instalação depende do local da estação. 

Folha de S. Paulo              

Reproduzido do site http://www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=7931

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