terça-feira, 12 de março de 2013

Cardeal minimiza escândalos: "Desafio do novo Papa será difundir o Evangelho"



Dom Damasceno é um dos cinco brasileiros que vão participar do Conclave, em Roma


Jornal do BrasilMaria Luisa de Melo


Arcebispo de Aparecida do Norte (SP), presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e considerado o principal representante da Igreja Católica na América Latina, Dom Raymundo Damasceno é um dos 115 cardeais responsáveis pela escolha do substituto de Joseph Ratzinger (Bento XVI, que renunciou no último dia 28). Em Roma, Dom Damasceno participa de reuniões que antecedem o Conclave que só terminará quando o nome do novo Santo Padre for escolhido.
Aos 76 anos, Dom Damasceno não acredita que o principal desafio do novo pontífice será combater os escândalos de corrupção e pedofilia que assolam a Igreja Católica. Pelo contrário. Para ele, a grande messe será anunciar o Evangelho no mundo de hoje.

Dom Damasceno cumprimenta Bento XVI, quando ele ainda era papa
Dom Damasceno cumprimenta Bento XVI, quando ele ainda era papa

JB: Depois da renúncia de Bento XVI, qual será o principal desafio do novo pontífice?
Dom Damasceno: No mundo moderno, em constante transformação, anunciar o Evangelho tornou-se a mais difícil missão de toda a Igreja Católica. Com o novo Papa, não há de ser diferente. O desafio de anunciar o Evangelho para a Humanidade é maior que esses outros problemas (escândalos de pedofilia e corrupção) . Vivemos num mundo marcado pelo progresso científico. Assim, o Evangelho deve ser pregado como uma luz para a vida da pessoas. Não é fácil mostrar Jesus como referência no mundo de moderno, que é pluricultural e plurireligioso, ainda mais diante de tantas injustiças sociais. Vivemos num mundo onde as pessoas pensam poder realizar sua própria felicidade sozinhas. É como se não dependessem mais do Nosso Senhor.
JB: Cinco brasileiros, incluindo o sr.,estão aptos a participar do Conclave e também de serem votados. O sr. acredita que o novo Papa pode ser brasileiro? Dentre  o grupo doBrasil, algum deles (dom João Braz de Aviz, dom Odilo Scherer, dom Claudio Hummes e dom Geraldo Majella Agnelo) tem mais chances?
Dom Damasceno: Todos - sejam brasileiros ou não - têm chances. Todos os cardeais estão aptos a votar e a receber votos. Não há nenhuma chance de prever isso. Depois que o Conclave começar é que a gente vai ver o que foi decidido. Por enquanto, todos estão em iguais condições. Só o Conclave poderá revelar quem tem mais chances. O que importa é que seja alguém muito virtuoso.
JB: Quais as características que o sr. poderia classificar como "bem vindas" ao novo pontífice?
Dom Damasceno: Eu espero de coração que o novo Papa escolhido seja de grande amor ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Que seja um homem virtuoso que se ponha integralmente à serviço do povo de Deus. Que tenha disposição para servir, principalmente, àqueles que ainda não conhecem o Evangelho. 
JB: Se o sr. pudesse mandar uma mensagem para os católicos que aguardam, ávidos, pelo nome do novo Papa, o que o sr. diria?
Dom Damasceno: Peço para que os católicos se unam em oração com a gente que está aqui em Roma. Peço para que todos orem para que o Espírito Santo nos abençoe na escolha daquele que vai exercer o Ministério de Pedro - o pontificado. Com a luz do Espírito Santo, escolheremos a pessoa mais adequada para ocupar a cadeira de Papa.
fonte: http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2013/03/04/cardeal-minimiza-escandalos-desafio-do-novo-papa-sera-difundir-o-evangelho/

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