quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cetesb ainda aguarda resposta da Queiroz Galvão sobre aterro


Cetesb questiona se empresa pretende manter processo em andamento.
Construtora tenta construir um aterro sanitário no Taboão, em Mogi.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ainda aguardava nesta quarta-feira (30) a resposta da empresa Queiroz Galvão sobre o suposto interesse em continuar com o processo de licenciamento ambiental de uma área no bairro Taboão, em Mogi das Cruzes.
De acordo com o documento, caso não haja manifestação da empreiteira até o prazo estipulado, o processo será arquivado. Agora, se a empresa confirmar o interesse na obra, uma audiência pública deve ser agendada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) para que, somente depois, a Cetesb possa concluir o parecer técnico.
A produção do Diário TV teve acesso exclusivo ao documento que a Cetesb enviou à Queiroz Galvão. O documento primeiro informa à construtora que a última audiência pública marcada para junho de 2011, foi adiada para que a Prefeitura de Mogi das Cruzes pudesse entregar um exame técnico sobre o estudo e o relatório de impacto ambiental. O que ja foi analisado pela companhia .
Em seguida, o documento diz que não há impedimentos técnicos, legais, ou administrativos para dar continuidade na análise da viabilidade ambiental para implantar o aterro, incluindo o agendamento de uma audiência pública. E assim, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo pergunta se há interesse da Queiróz Galvão em dar continuidade ao licenciamento. O documento é assinado pelo engenheiro Paulo Takanori Katayama, gerente em exercício da Cetesb e é endereçado à construtora em nome de Paulo Rogério Gomes da Costa.
Essa nota enviada nesta terça-feira (29) ao Diario TV pela assessoria da Cetesb informava que a empresa Queiróz Galvão tinha até as 5 horas da tarde desta quarta para manifestar se queria dar andamento ao processo. Mas a  Cetesb retificou a informaçao no final da tarde dizendo que a Queiroz Galvão recebeu o documento no dia 17 de janeiro, o que estende o prazo para a resposta até o dia 1º de fevereiro. A companhia diz ainda que terá condições de verificar a entrada do documento apenas na segunda-feira (4).O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Mogi das Cruzes, Luiz Sérgio Marrano, se diz surpreso com o conteúdo da carta da Cetesb que ainda não foi parar oficialmente nas mãos do munícipio, e afirma que o executivo mantém a decisão de não autorizar o novo aterro sanitário.
"A prefeitura vai fazer juízo de valor desse documento para tomar uma atitude, eventualmente judicial ou administrativa. Nós estamos nesse período todo juntando mais elementos para justificar a necessidade do arquivamento dessa ação", explica Marrano.
Ciesp:Para o vice-diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Renato Rissoni, esse impasse só prejudica a entrada de novos investimentos na região, assim como a criação de oportunidades de trabalho no setor. "Nenhum empresário pensa em investir em um aterro.
O presidente da Associação dos Moradores do Distrito do Taboão, Sílvio Marques, diz que o documento da Cetesb só aumentou a indignação de quem vive e depende dessa área. "Já estamos entrando em contato com pessoas que lideram movimentos contra o aterro para que se preparem para essa nova batalha", explica.
Empresa
A Queiroz Galvão foi procurada para falar sobre o assunto, mas não se manifestou.O agricultor Aurelino Siqueira se diz triste com o impasse que parece não ter fim. Para o agricultor, um aterro sanitário perto da casa dele significa a destruição de um lugar que há seis gerações pertence à sua família. "Tomara que não venha, mas se for pra vir que venha o aeroporto", finaliza.
fonte: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2013/01/cetesb-ainda-aguarda-resposta-da-queiroz-galvao-sobre-aterro.html

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