sábado, 15 de dezembro de 2012

Empresa acreana produz telhas plásticas com resíduos coletados em aterros


Produtos, certificados pelo Inmetro, FGalcon Bower e IPT, foram apresentados no Amazontech 2012, em Macapá, Amapá.
Vanessa Brito  (Centro Sebrae de Sustentabilidade) 

Macapá - O plástico, quem diria, está deixando de ser vilão ambiental e se tornando alternativa para  projetos de construção sustentável. Telhas plásticas feitas de polipropileno puro, proveniente de materiais 100% recicláveis, garantem alta resistência, leveza e longa durabilidade a casas e edificações em geral.  Essas são as características dos produtos da Plasacre, empresa de Rio Branco (AC), participante do Amazontech 2012 em Macapá.

“O projeto de nossa telha plástica foi desenvolvido pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de São Paulo e é certificado pelo Inmetro, Falcon Bower e pelo IPT”, informa Camila Consolo, gestora ambiental da Plasacre. A telha de plástico reciclado da marca acreana é produzida  no estilo romano e em sete cores: azul, vermelho, branco, amarelo, cinza, verde e translúcida.  Um telhado feito com o produto inovador da Plasacre fica até 40% mais barato do que um com telhas tradicionais, segundo material promocional da empresa.

A Plasacre está no mercado há três anos. O empreendimento  adquire resíduos de plástico de cooperativa de catadores de Rio Branco e remunera os cooperados com cerca de um salário mínimo/ mês. Eles coletam o material na unidade de tratamento de resíduos sólidos do aterro sanitário da capital acreana e das ruas da cidade.

A equipe da Plasacre, composta por 57 colaboradores, faz a triagem do material, separando apenas os resíduos de polipropileno.Todo o processo de transformação  do material até as telhas plásticas é realizado na própria empresa, que conta com equipamentos importados e nacionais para executá-lo.
Além das telhas plásticas recicladas, a Plasacre produz mangueira para irrigação, conduite corrugado, caixa multiuso e mourão, do mesmo material. Tijolo ecológico, feito de sacola plástica, indicado para apenas para piso, será o próximo produto da marca. No momento, esse projeto se encontra em fase de teste, mas já foi patenteado.

Amazontech

“Estamos participando do Amazontech pela primeira vez. Está sendo uma  boa oportunidade para divulgar nossos produtos na região norte”, afirma Camila. A Plasacre está despertando curiosidade do público do evento.  Ela participou de dois encontros promissores na rodada de negócios.  Duas videoconferências foram agendadas com empresas de Macapá do setor alimentício.

Artefatos plásticos para construção civil ainda são desconhecidos na região amazônica e, por este motivo, despertam desconfiança, segundo a gestora ambiental. “Há preconceito. As pessoas questionam  cheiro, qualidade, higienização”, esclarece. Apesar da estranheza que as telhas plásticas despertam, testes  e estudos comprovam que elas são mais resistentes e duráveis do que as tradicionais, argumenta.

Aos poucos esses produtos vão conquistar o mercado, não há como escapar disso, prevê Camila. Só precisa andar mais rápido, especialmente na  Amazônia,  diz ela. “O descarte de plástico em igarapés é lamentável. Precisamos acelerar as soluções que existem para reduzir o impacto dos resíduos sólidos na natureza e reaproveitá-los para fabricar novos produtos”, enfatiza Camila. (www.plasacre.com.br

Fonte: O NORTÃO

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