sábado, 29 de setembro de 2012

Surrealismo eleitoral: A polêmica que não existe

Garotinho, Paes, gays e evangélicos Por Luis Filipe Melo - Moderador

Com todo o respeito ao Garotinho - este texto é de minha responsabilidade - mas embora entenda os seus motivos de querer esclarecer bem seu depoimento veiculado no programa de Rodrigo Maia sobre a hipocrisia de Eduardo Paes, acho perda de tempo e vou lhes dizer porquê. 
Digo isso porque não existe polêmica nenhuma. A imprensa e algumas pessoas inventaram uma polêmica que não existe, lembra o Barão de Itararé e "a batalha que não houve". 
Não interpretem este texto como alguma reação política. Não sou político, não me meto em política partidária, e pra ser sincero, nem faço a menor idéia de quem coordena a campanha de Rodrigo Maia - Clarissa Garotinho, nem os nomes conheço, muito menos quais são as estratégias. Limito-me a escrever o blog sob a orientação de Garotinho. Logo este artigo não faz parte de nenhuma estratégia ou foi idéia do Garotinho. 
E para que saibam, não sou evangélico, sou católico, sem nenhum tipo de preconceito, não tenho nada contra a união homossexual, apenas sou contra a adoção de filhos por casais gays, e claro, discordo de exageros e patrulhamentos que hoje existem em torno dessa questão. Por isso estou apenas desabafando como cidadão. 
Esse episódio me faz lembrar os chamados analfabetos funcionais, que sabem ler, mas não conseguem interpretar um texto, não entendem o sentido do que foi dito ou escrito. Vamos às palavras do Garotinho. 
"O prefeito vai na passeata gay, apóia a formação da família gay, usa dinheiro público vendendo o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para as igrejas evangélicas e diz: 'Glória a Deus! Aleluia!' Isso é fingimento, hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar? Ele quer enganar o eleitor. Vale tudo para ganhar voto?" 
Vamos imaginar aqui uma situação hipotética onde numa prova de vestibular ou numa seleção de emprego pedissem aos candidatos para interpretarem esse texto, sem que os mesmos soubessem quem era o autor. Estou certo que se um candidato dissesse que o texto ataca os homossexuais seria reprovado. 
Jornalistas e algumas pessoas que estão atacando Garotinho não são analfabetos funcionais, sabem interpretar textos. Logo inventaram uma polêmica porque lhes interessa por motivos diversos inconfessáveis. 
É óbvio que a questão é que Garotinho incomoda, ameaça os poderosos que têm medo que ele se eleja governador em 2014. Então vale tudo para tentar passar uma imagem negativa do Garotinho. É só isso, não há polêmica nenhuma. 
O que foi mostrado foi apenas uma incoerência que é incontestável da parte de Eduardo Paes. É o mesmo que uma pessoa engajada na luta contra as drogas durante o dia, se juntasse à noite com viciados para consumi-las. 
Por isso digo que é perda de tempo Garotinho se explicar. Primeiro porque o que disse foi bem claro, e depois porque jamais a imprensa dará espaço para a verdade. O que querem é a versão dos fatos mais conveniente aos seus interesses, mesmo que precisem inventar uma polêmica inexistente. Pura hipocrisia! 
O Brasil é surreal. Quem mente, engana o povo, recebe aplausos da mídia. Aqueles que têm coragem de falar a verdade são atacados, caluniados e difamados, esses é que têm que se defender e se explicar - triste ironia - sobre atos que não praticaram. 
Reproduzido do Blog do Garotinho


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