terça-feira, 17 de julho de 2012

Porto ganha depósitos subterrâneos de lixo


Modelo, que evita a exposição dos resíduos, poderá ser levado a outros lugares, como a comunidade da Rocinha
Postada em: 27/06/2012 ás 09:14:21                   
Sacos de lixo expostos nas ruas enquanto aguardam a passagem de caminhões da Comlurb deverão passar a ser uma cena do passado, pelo menos numa parte da cidade. 

A concessionária Porto Novo e a prefeitura lançam, no domingo, um novo sistema de coleta de lixo na Zona Portuária. Todos os resíduos coletados por garis nas ruas da região serão armazenados em depósitos subterrâneos duplos, com capacidade para cinco toneladas de lixo cada um.

Ao todo, até o término das obras de urbanização, em 2015, serão instalados 21 pontos duplos de armazenamento, confeccionados em aço, com compartimentos para separar o chorume. Sacos de lixo expostos nas ruas enquanto aguardam a passagem de caminhões da Comlurb deverão passar a ser uma cena do passado, pelo menos numa parte da cidade. 

A concessionária Porto Novo e a prefeitura lançam, no domingo, um novo sistema de coleta de lixo na Zona Portuária. Todos os resíduos coletados por garis nas ruas da região serão armazenados em depósitos subterrâneos duplos, com capacidade para cinco toneladas de lixo cada um.

O Consórcio Porto Novo —- que administra a área numa parceria público-privada com a prefeitura — é o responsável por implantar o serviço. A presidente da Comlurb, Ângela Fonti, disse na terça-feira que fabricantes emprestaram contêineres subterrâneos para que a companhia teste o sistema em outros pontos da cidade, de forma a decidir se o serviço será ampliado. 

O local escolhido para a experiência será a Rocinha. Os depósitos ficarão nas proximidades dos apartamentos construídos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os equipamentos aguardam a liberação pela alfândega.

— Estamos implantando na Zona Portuária uma experiência piloto. Pode ser uma boa alternativa para a implantação em favelas e na orla marítima. Para toda a cidade, fica um pouco mais difícil, porque o subsolo está ocupado por tubulações de diversas concessionárias de serviços públicos (como Light e Cedae, entre outras). O ideal é fazer a mudança quando uma região passa por obras de reurbanização, como acontece na Zona Portuária — disse Ângela Fonti.

O programa foi anunciado na terça-feira, durante o II Seminário Conexão Rio-Barcelona — as Olimpíadas e a Cidade, organizado pela prefeitura, no Palácio da Cidade, em Botafogo. O primeiro centro de coleta a ser concluído fica na esquina da Rua Barão de Teffé com a Avenida Venezuela.

Ele será inaugurado durante evento organizado pela prefeitura para marcar a conclusão da chamada primeira fase do projeto Porto Maravilha. 

Essa etapa das obras foi feita apenas com recursos públicos: R$ 130 milhões em três anos, gastos na reurbanização do Morro da Conceição, das ruas Barão de Teffé e Camerino e das avenidas Venezuela e Rodrigues Alves (trecho).

As áreas recuperadas pela prefeitura estão fora da região que foi alvo da PPP da Zona Portuária. O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Jorge Arraes, acredita que a reurbanização reforçará a vocação da região para projetos culturais:

— As obras recuperaram a infraestrutura de uma região histórica da cidade. A tendência é que o investimento estimule a recuperação dos prédios da região. Ateliês e polos gastronômicos são alguns dos empreendimentos que tendem a crescer na área — previu Arraes.

O modelo foi inspirado em cidades portuguesas como Cintra e Coimbra. Ainda não se compara, porém, a experiências de Barcelona e de algumas outras cidades europeias que baniram os caminhões de coleta. 

Nessas cidades, os bocais de lixo são conectados a um gigantesco sistema de tubulação enterrado a cinco metros da superfície. Trata-se de um grande sugador, que aspira os sacos até um centro onde o lixo comum é separado do reciclável. A prefeitura avalia, porém, que o custo-benefício para implantar o mesmo modelo de Barcelona numa cidade do tamanho do Rio poderia ser inviável. 


Foto: o globo             Postador: Bruno Araújo 

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