quinta-feira, 29 de março de 2012

Remédio no lixo, não!



Pouca gente sabe, mas medicamentos vencidos ou em desuso não podem ser descartados no lixo comum. Entenda por que e saiba como se desfazer deles de forma correta
Raul Andreucci
raul.andreucci@folhauniversal.com.br


Talvez você não saiba, mas os medicamentos com validade em dia, porém em desuso, ou já vencidos não devem ser descartados no lixo comum. E não se trata de preciosismo. As substâncias químicas que seguem para os aterros contaminam o solo e, consequentemente, o lençol freático, podendo um dia voltar à água que usamos em casa. Colocá-los entre os reciclados ou mandálos pela descarga também não são ações que resolvem o problema. O meio ambiente será intoxicado da mesma maneira.

Sem falar no risco de que outras pessoas, por algum motivo, vasculhem o lixo na rua antes do lixeiro e façam mau uso do remédio, como consumi-lo, repassá-lo ou até vendê-lo. "Em suma, temos aí um problema ambiental, de saúde pública e criminal. Uma hora, essa conta ia chegar", analisa José Francisco Agostini Roxo, diretor da BHS, maior incubadora da América do Sul e responsável por criar a instalação que recebe medicamentos em algumas farmácias e supermercados do País.

Mas não se culpe, leitor, por não saber como agir. De acordo com pesquisa de 5 anos atrás da Faculdade Oswaldo Cruz, de São Paulo, poucos brasileiros sabem o que fazer com os remédios. Segundo a responsável pelo estudo, a coordenadora do curso de Farmácia, Marisa Veiga, de lá pra cá, a situação não mudou muito, "porque nada foi feito de efetivo. Até outro dia a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) ainda recomendava que se jogasse na privada".

O debate no Brasil sobre qual a melhor maneira de se descartar este tipo de produto só esquentou a partir de 2009 e ainda está engatinhando. Discute-se em Brasília, num grupo comandado pela Anvisa, qual o melhor sistema para coleta, transporte e destinação final desses resíduos. Enquanto não há um sistema nacional, padronizado, começam a despontar alternativas em vários municípios brasileiros.
Fonte: Folha Univesal

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