sábado, 18 de fevereiro de 2012

Brasil é pioneiro na reciclagem de embalagens de defensivos


Principal método de combate às pragas e doenças nas lavouras, os defensivos agrícolas utilizados diariamente produzem como resíduos milhares de embalagens plásticas. Para evitar os riscos de poluição a mananciais, solo e prejuízos à saúde humana, mais de 90% dessas embalagens são devolvidas pelos agricultores e cerca de 92% desse material é reciclado. Por essa iniciativa, o Brasil é referência mundial na destinação final correta de embalagens fitossanitárias, à frente de países como Alemanha, França, Japão e Estados Unidos.

Sob a coordenação do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), de 2002 até o ano passado, mais de 165 mil embalagens de defensivos tiveram um destino ambientalmente correto.

Campo limpo

O sucesso da iniciativa envolve toda a cadeia produtiva, incluindo os agricultores, canais de distribuição, indústria e o poder público. Para o diretor-presidente do inpEV, João Cesar Rando, o setor agrícola é um exemplo de responsabilidade socioambiental, pois já se encontra alinhado à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a responsabilidade compartilhada entre seus elos na destinação dos resíduos e realiza a logística reversa de suas embalagens.
Para a reciclagem das embalagens, em 2008 foi inaugurada a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. “É uma iniciativa pioneira, que possibilita a produção de embalagens plásticas rígidas para agrotóxicos a partir da reciclagem desse mesmo produto”, explica Rando.
Constituída por 31 fabricantes de defensivos agrícolas, a empresa fecha o ciclo de gestão das embalagens de agrotóxicos pós-consumo dentro da própria cadeia e promove a auto-sustentabilidade econômica do sistema de destinação de embalagens, que ainda é deficitário.

Como funciona

Atualmente, mais de 90% das embalagens plásticas são devolvidas pelos agricultores e cerca de 92% desse material é reciclado. O processo de reciclagem se inicia no próprio campo. Após utilizar o produto, o agricultor faz a lavagem apropriada e perfura o fundo do recipiente, evitando assim a sua reutilização.
As embalagens são devolvidas à indústria fabricante, que se encarrega do destino final correto, encaminhando o material para reciclagem ou incineração. Além de mais embalagens, o material produzido pela reciclagem gera 17 outros produtos, entre eles, tubos para esgoto, embalagem para óleo lubrificante e barricas de papelão.
De acordo com um estudo realizado há três anos pela Fundação Espaço Eco, a retirada de 108 mil toneladas de embalagens do ambiente representou uma redução de sete vezes no consumo de recursos naturais e evitou a emissão de 164 mil toneladas de CO2. “A destinação adequada das embalagens vazias impacta tanto o campo quanto a cidade, os benefícios são para toda a sociedade”, destaca Rando.

Consciência ambiental

Pesquisas realizadas pelo instituto indicam que 85% dos agricultores conhecem a legislação que regulamenta a destinação ambientalmente correta das embalagens. Preocupado com a conscientização dos produtores, o inpEV criou, em 2005, o dia 18 de agosto como o Dia Nacional do Campo Limpo. Nessa data, num movimento de todo o setor, são fornecidas informações e esclarecimentos para as comunidades do entorno das unidades de recebimento das embalagens de agrotóxicos.



Fonte:  AgroNotícias
Em Campos,temos uma unidade de reciclagem de embalagens de agrotóxicos em Ribeiro do Amaro, que foi uma das primeiras do país e pioneira no Estado do Rio.

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