segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Destroços de tsunami no Japão podem chegar ao Havaí nesta estação


Destroços do tsunami que devastou o Japão em março poderiam chegar ao Havaí ainda nesta estação, segundo previsões de cientistas da Agência Nacional Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
Com as correntes marítimas, os escombros alcançariam a costa oeste americana e o Canadá até 2013, e voltariam para as ilhas havaianas de 2014 a 2016.
Apesar da previsão – feita pela análise de dados e modelos computacionais que se baseiam na localização dos destroços quando eles entraram na água, nas correntes oceânicas e na velocidade dos ventos –, os pesquisadores alertam que há uma grande incerteza sobre o que ainda está flutuando no oceano (já que muito entulho afundou, se quebrou ou dispersou), onde está esse material exatamente , para onde vai e quando passará do mar aberto em direção ao litoral.
O governo japonês estima que o tsunami tenha gerado 25 milhões de toneladas de escombros, mas não há uma estimativa precisa sobre a quantidade de detritos arrastada para a água nem o que permanece à tona.
Como a onda do tsunami recuou, arrastou consigo pedaços de barcos, prédios, casas, eletrodomésticos, plásticos e objetos de todas as formas e tamanhos. Esse lixo se amontoou no oceano e já foi visto por imagens de satélite e fotos costeiras aéreas.
Hoje, nove meses depois dessa catástrofe natural, os campos de destroços não são mais visíveis por satélite. Isso porque os ventos e as correntes oceânicas espalharam os objetos pelo norte do Oceano Pacífico. Embarcações que viajam regularmente pela região têm relatado poucos avistamentos. E apenas duas peças foram claramente ligadas ao tsunami japonês recentemente.
A NOAA pede que navios que avistarem escombros avisem a agência pelo e-mail disasterdebris@noaa.gov e solicitem monitoramento da costa local.
Agências federais unem forças – Para saber mais sobre os restos do tsunami, os pesquisadores da NOAA têm trabalhado em conjunto com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem e outros parceiros para coordenar a coleta de dados, antever os potenciais cenários e preparar um plano de ação, seja o futuro favorável ou não.
O grande desafio, além de identificar corretamente os destroços, é saber como lidar com eles quando eventualmente chegarem às praias do país.
Pior e melhor cenário – O pior cenário previsto é que barcos e grandes concentrações de objetos pesados atinjam áreas sensíveis e recifes de coral ou interfiram na navegação no Havaí e na costa oeste americana.
Na melhor das hipóteses, os destroços vão se quebrar, dispersar e, eventualmente, degradar, poupando o litoral. Os escombros, porém, não vão desaparecer completamente, mesmo na situação mais vantajosa possível.
O lixo marinho é um problema permanente para o Havaí e a costa oeste dos EUA, onde detritos e outros itens prejudiciais regularmente invadem praias e recifes de coral.


  (Fonte: G1)

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