Cadastro de carroceiros e carrinheiros é apresentado

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Prefeito anunciou construção de nova unidade de triagem

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Pesquisa foi feita nas ilhas das Flores, Pintada, Mauá, Pavão e Marinheiros

Das 155 famílias que trabalham com resíduos recicláveis no Bairro Arquipélago, em Porto Alegre, 109 utilizam veículos de tração animal (VTA) – carroças. Outras 11 famílias utilizam veículo de tração humana (VTH) – carrinhos. Estes são alguns dos dados divulgados na manhã desta quarta-feira, 21, no Paço Municipal na apresentação do balanço do Programa de Redução Gradativa de VTAs e VTHs. 

Os resultados do cadastro realizado entre os moradores das Ilhas foram apresentados ao prefeito José Fortunati, ao secretário de Governança Local, Cezar Busatto, e às lideranças da comunidade, que participaram do evento. Durante o evento o prefeito anunciou a construção de nova unidade de triagem, na avenida Voluntários da Pátria, para absorver a mão de obra das Ilhas.

O levantamento aponta, ainda, que há 135 carroças, 139 cavalos e 13 carrinhos em atividade na região. A renda média obtida pelas famílias é de até meio salário mínimo – R$ 232,50. O presidente da Associação de Moradores e Carroceiros da Ilha Grande dos Marinheiros, Venâncio Castro, falou sobre a importância do cadastro para a comunidade. “Nós estamos esperançosos de que essas informações vão ajudar a prefeitura a decidir políticas públicas para nossa população”, afirmou o líder comunitário.

Segundo Fortunati, a prefeitura trabalha com seriedade para resolver a questão das carroças e carrinhos na cidade. “Temos convicção de que é muito fácil dizer para retirar as carroças das ruas. Mas isso, mais do que um problema de trânsito, é uma questão social, que estamos enfrentando com esse cadastro e com políticas de qualificação de mão de obra que facilitem a geração de emprego e renda”, enfatizou o prefeito ao anunciar que numa parceira com a Grêmio Empreendimentos será construído um novo galpão de reciclagem para os moradores das Ilhas trabalharem.

A pesquisa foi realizada nas ilhas da Pintada, Mauá, do Pavão, Grande dos Marinheiros e das Flores. A taxa de analfabetismo entre estes trabalhadores é de 14,71% – a média de anos de estudo é de 4,71 anos. Cerca de 80% da população das Ilhas respondeu à pesquisa. O restante não quis participar, mas a prefeitura mantém o estudo aberto, para que os que mudarem de opinião possam aderir às políticas públicas que serão efetivadas a partir do levantamento.


*Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br