sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Prefeitura buscará novas tecnologias para tratamento do lixo

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Comitê Gestor aprovou criação da Central de Tratamento de Resíduos
Comitê Gestor aprovou criação da Central de Tratamento de Resíduos
Modernizar a destinação final do lixo em Porto Alegre é o novo projeto da prefeitura que resultará na produção de energias limpas a partir do tratamento de resíduos. Na tarde desta quinta-feira, 17, o Comitê Gestor das PPPs do município aprovou por unanimidade o projeto de criação da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Porto Alegre. Em 15 dias, a prefeitura publicará a solicitação de manifestação de interesse público para as empresas apresentarem estudos de viabilidade da iniciativa a ser desenvolvida por meio de parceria público-privada (PPP).

Conforme o prefeito José Fortunati, a prefeitura está propondo um novo conceito para a destinação do lixo, apostando em tecnologias inovadoras e ambientalmente sustentáveis. "Há quatro meses estamos buscando informações junto a técnicos e especialistas nacionais e internacionais para criar em Porto Alegre um serviço qualificado, sustentável nos aspectos social, ambiental e econômico", afirmou, reforçando que a iniciativa faz parte do conjunto de medidas de modernização da infraestrutura e dos serviços públicos da Capital, como Metrô, Cais Mauá, estacionamentos subterrâneos e coleta automatizada. 
Atualmente, as cerca de 1,5 mil toneladas de lixo orgânico e resíduos públicos coletados diariamente em Porto Alegre são levadas para a estação de transbordo na Lomba do Pinheiro, de onde percorrem 113 km até o aterro sanitário em Minas do Leão. Os 20 caminhões que fazem esse trabalho rodam por dia 17,6 mil km. Com a criação da Central, esses resíduos terão destinação final em Porto Alegre.
O coordenador do Gabinete de Assuntos Especiais (GAE), Edemar Tutukian, responsável pelo projeto em parceria com o DMLU, explica que a medida provoca uma quebra de paradigmas no tratamento de lixo no Brasil, trazendo para a Capital tecnologias consagradas na Europa e na Ásia. "Teremos uma solução ambientalmente correta para a destinação do lixo dentro da cidade e ainda será possível a geração de energias alternativas e limpas como biogás, eletricidade, vapor e combustível derivado de resíduos", destaca. 
Parceria público-privada - De acordo com Tutikian, dentro de 15 dias será publicada a solicitação de manifestação de interesse para empresas atuantes no setor apresentarem estudos de viabilidade econômico-financeira e ambiental. "A exemplo do procedimento adotado para os estacionamentos subterrâneos, a prefeitura buscará no mercado o conhecimento técnico para definir o melhor formato para a central, contando com a iniciativa privada para implantar mais essa inovação em Porto Alegre", disse.
Na reunião nesta tarde do Comitê das PPPs - integrado por órgãos municipais e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Sociedade de Engenharia e da Federasul -, foram discutidos os aspectos gerais da proposta que nortearão a elaboração da manifestação de interesse. O vice-presidente da Federasul, Newton Motta, destacou o apoio da entidade à proposta da Central e ao formato de PPP. "A iniciativa privada está disposta a apoiar o poder público na construção de melhorias para a cidade. A criação de PPPs é o caminho para viabilizar muito investimentos importantes", avaliou.
Formato - Os detalhes técnicos do projeto, como investimento e tecnologia a ser empregada na destinação final, serão definidos a partir dos estudos apresentados na manifestação de interesse. A proposta inicial da prefeitura é estabelecer uma PPP para instalar duas centrais, nas Zonas Norte e Sul, reduzindo substancialmente o trânsito de caminhões de transporte do lixo na cidade. 
Nos últimos meses, a equipe do município ouviu representantes de 15 grupos empresariais que desejaram apresentar as suas tecnologias - do Brasil, Espanha, Inglaterra e Canadá. No Brasil, esse formato ainda não é realidade, embora algumas cidades de grande porte estejam trabalhando para estabelecer centrais.

Coleta seletiva - A coleta seletiva, que atende todos os bairros do município duas vezes por semana e encaminha o material para as unidades de triagem (UT), não sofrerá modificações. O objetivo é, inclusive, que a nova proposta de central qualifique esse trabalho, pois também será feita uma triagem para separar o que possa ser reutilizado e que tenha sido misturado equivocadamente ao lixo orgânico.
*Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/?p_noticia=147372

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