quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fresh Kills: o maior lixão do mundo agora será parque

Nova York está mostrando ao mundo como é possível recuperar áreas degradadas pelo depósito de lixo a céu aberto.
Os moradores de Staten Island, o menos conhecido entre os cinco distritos de Nova York, testemunham uma impressionante mudança na paisagem desde o fechamento, em 2001, do lixão de Fresh Kills, até então o maior do planeta. Numa vasta área em que os montes de lixo chegavam a 50 metros altura equivalente à da Estátua da Liberdade -, está surgindo um aprazível parque com 890 hectares, quase o triplo do Central Park. Desde 1948, quando o local começou a ser usado como aterro, mais de 150 milhões de toneladas de detritos de todos os tipos foram depositados ali. No fim da década de 90, o aporte diário chegava a 25000 toneladas.

Entre as providências para transformar o purgatório em paraíso, foi preciso assegurar a estabilidade do terreno, estabelecer uma rede de canalização para dar vazão ao gás resultante da decomposição do lixo e instalar uma camada de plástico impermeável para confinar e extrair o chorume, líquido poluente produzido em processos de decomposição. Os técnicos vão acompanhar uma série de indicadores sobre a qualidade do ambiente por pelo menos três décadas. As medidas servirão para assegurar a saúde dos frequentadores do parque, que vão dispor de 65 quilômetros de trilhas, quadras esportivas e parques para as crianças. Além disso, as barcaças que carregavam o lixo pelos canais serão transformadas em jardins flutuantes, e os visitantes poderão passear de pedalinho ou caiaque. Haverá até uma torre para observação de pássaros, que voltaram gradualmente à região à medida que as montanhas de lixo foram desaparecendo. A abertura para o público está prevista para o fim de 2011.

Em 2008, com a desativação total de Fresh Kills, o nada glorioso título de "o maior lixão do planeta" passou a ser disputado por diversos aterros, incluindo o brasileiro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), que recebe 7000 toneladas de lixo por dia, provenientes de toda a Baixada Fluminense e da cidade do Rio de Janeiro. Retratado no documentário Lixo Extraordinário, que conta o trabalho do artista plástico Vik Muniz com os catadores locais e é um dos pré-selecionados para concorrer ao Oscar da categoria, o Jardim Gramacho simboliza o tamanho do problema do lixo no Brasil, que produz 260 000 toneladas de lixo por dia - 1,5 quilo por habitante, o triplo da China. Embora 80% desses resíduos possam ser reaproveitados, o que também inclui o lixo orgânico, apenas 2% são reciclados ou destinados para compostagem. Nos Estados Unidos, esse índice é de 32%.

Na Europa, diversos países já ultrapassaram a marca de 50% de reaproveitamento. O verdadeiro maior lixão do mundo, no entanto, não está em terra e nem sequer foi planejado pelo homem. Trata-se do "Lixão do Pacífico", uma região a 1 500 quilômetros da costa, entre a Califórnia e o Havaí, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados de plásticos e outros tipos de detrito. A área equivale a 15% do território brasileiro. Largados nas praias ou depositados no mar pelo sistema de drenagem das cidades, os dejetos são levados até lá por correntes que vêm tanto da América do Norte quanto da Ásia. Pesquisadores encontram com frequência pedaços de plástico no estômago dos peixes e aves da região. A imagem de uma tartaruga que teve o crescimento do casco limitado por uma argola de plástico percorreu o mundo como símbolo do descaso da humanidade com o lixo que produz.

“Fresh Kills é do século 21 como o Central Park foi até ao século XIX ", diz o Comissário de Parques Benepe. "Será o maior parque construído na cidade em mais de 100 anos." Em 2016, os nova-iorquinos serão capazes de praticar mountain-bike, caiaque, caminhada, esqui cross-country, peixes e observação de pássaros, no que talvez seja da casa improvável para tal um derrame de West Coast outdoorspersonship: Staten Island.

"Staten Island foi o povo por meio da unidade local no seu caminho para outro lugar", diz James Corner of Field Operations, arquitetos paisagistas para os 2.200 acres Fresh Kills Lifescape (assim como o High Line), a evolução radical de aterro desprezado para o destino sábado à tarde, mais desejável.

Mas tudo o que preciso é um portal ladeado por turbinas de vento para mudar tudo isso. O Staten Island Expressway se tornará a principal artéria de norte a sul de um parque de quatro partes, cada monte de aterro nivelado e transformado em um diferente, a paisagem, robusto evocativa. Enquanto você dirige para sul ao longo da rota 440, a sua primeira exibição será das pradarias norte do monte, o seu pico arredondado coberto com kite-aviadores. Na confluência de Fresh Kills e Angra principal, um anel rodoviário vai levá-lo para o centro de actividade: a aterragem Angra, com o lançamento de um barco inclinado de concreto e gramado do evento eo Ponto, sua contraparte urbana, com um passeio water's ponta-de restaurantes, instalações de arte, e os mercados ao ar livre. É aqui que a balsa do Battery Park, uma hora de distância, a estação vai.

Essas turbinas (uma torre meteorológica está actualmente a testar o vento) são fundamentais para a história Canto quer dizer, eo motivo por trás da Lifescape pretensioso prazo. Isto não é para ser uma paisagem, bem como uma imagem, mas a terra no trabalho. O metano continuará a ser colhida a partir do aterro sob prados áspero-e-queda do parque, florestas e pântanos. Como as suas emissões de desaparecerem, os ventos irão assumir como um gerador de receitas menores. Canto também acha que o parque vai atrair a sua quota de eco-turismo e arquitetura. Peças do parque estarão abertos a partir de 2008 (pendente de revisão ambiental deste ano). Em 2016, o norte eo sul seções, além dos centros de actividade, devem ser construídos fora.

"O parque não é só verde e bonito, mas também emblemáticos de uma ampla recuperação do século 21 que é o mais importante aqui", diz Canto. "É o sentido contemporâneo de cura da Terra como uma noção tecnológica." O parque terá uma componente explícita de ensino do centro interpretativo de um pântano no parque do leste, bem como um impressionante 11 set memorial (também parte da primeira fase), em o parque oeste: dois montes Mundial Trade Center tamanho estabelecidas no terreno, com vista para a Torre da Liberdade no topo.

Para saber mais acesse:

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/nova-york-recuperacao-area-deposito-lixo-ceu-aberto-veja-615906.shtml

http://www.nyc.gov/html/dcp/html/fkl/fkl_index.shtml

http://nymag.com/realestate/features/2016/17149/

Postado por Caroline Vargas às 19:48

Marcadores: fresh kills, lixão, nova york, parque



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